sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Isqueiro para espeleólogo.

Ter e manter uma fonte de chamas é um dos primeiros problemas tecnológicos de alta complexidade  que a história da humanidade enfrentou.
Quem se mete em cavernas cedo ou tarde vai encarar o mesmo problema que afligia o homem do Paleolítico Médio. Como obter fogo? 
E, pior, como fazer isto estando todo molhado enlameado?
Como fazer para acender a carbureteira  (sem piezo) ou  outra  coisa qualquer? 
Primeira opção:  abrir a mochila de qualquer jeito e procurar, ali, um compartimento estanque e, dentro deste, procurar um isqueirinho ou outra fonte de chama qualquer.
Feito isto, temos ainda que utiliza-lo com todo o cuidado para não molha-lo também. Haja cuidado e paciência.
Para outros espeleólogos mais afoitos e impacientes, há uma outra saída. 
Não, não estou falando de utilizar fontes de luz eletro-eletrônicas tais como as lanternas de lead,pois a questão não é necessariamente obter luz
Estou falando de um isqueiro ultra conveniente para nós seres subterrâneos, por ser resistente à água. 


A idéia não é fazer propaganda de um produto mas, sim, apresentar ferramentas que podem auxiliar os exploradores facilitando a suas atividades.

Veja o vídeo demonstrativo produzido por  Thiago e descoberto no site Mochileiros .
 Avalie voce mesmo:

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Coletâneas de Imagens da Natureza de Unaí



Imagens da natureza de Unaí-MG
 Apesar deste poste fugir ao tema do Diário do Carbureto, resolvemos, mesmo assim, dar uma pequena amostra das paisagens que emolduram o carste unaiense.

Horas abertas

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Localização Gruta do Tamboril


Exibir mapa ampliado

CONHEÇA A GRUTA DO TAMBORIL UNAÍ - MG

Vulcões da Gruta do Tamboril
A GRUTA DO TAMBORIL É UMA DAS MAIS FAMOSAS GRUTAS DE MINAS GERAIS.
COM GALERIAS DE IMPRESSIONANTE VOLUME E POSSUIDORA DE RARAS E DELICADAS ORNAMENTAÇÕES RARAS ELA PROPORCIONA O ENTUSIAMO DA EXPLORAÇÃO E DA DESCOBERTA ASSIM COMO O PRAZER DA CONTEMPLAÇÃO E DA PAZ.
NO SEU INTERIOR HÁ UM BELO LAGO DE ÁGUAS ABSOLUTAMENTE CRISTALINAS QUE DÁ AO EXPLORADOR QUE NELAS MERGULHA A SENSAÇÃO DE ESTAR FLUTUANDO NO AR. PARA CONHECE-LA, ENTRETANTO, É NECESSÁRIO ESTAR COM PESSOAS EXPERIENTES E DEVIDAMENTE PREPARADO, POIS O AMBIENTE DE CAVERNA APRESENTA RISCOS E DIFICULDADES MUITO ESPECÍFICOS.
ENTRE EM CONTATO COM A GENTE CASO PRETENDA CONHECER A GRUTA.
OS CUSTOS CORREM POR CONTA DE CADA UM, NÃO HÁ TAXAS NEM INGRESSOS DE QUALQUER ESPÉCIE. NOSSA IDÉIA É DIVULGAR E VALORIZAR O PATRIMÔNIO ESPELEOLÓGICO E, ASSIM, CONTRIBUIR PARA SUA PRESERVAÇÃO.
SE DECIDIR IR POR CONTA PRÓPRIA CERTIFIQUE-SE DOS RISCOS E TOME AS DEVIDAS PRECAUÇÕES.   RECOMENDO UM ÓTIMO CONJUNTO DE DICAS E RECOMENDAÇÕES DO PESSOAL DO CENTRO EXCURSIONISTA UNIVERSITÁRIO : 



ADVERTÊNCIA: A GRUTA ENCONTRA-SE ATUALMENTE INTERDITADA PELA GRS-MG. 
GOSTARÍAMOS DE SOLICITAR ÀS AUTORIDADES QUE REAVALIEM A NECESSIDADE DE INTERDIÇÃO DA MESMA.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

RELATO DE ACIDENTE COM CARBURETO

Àqueles que,como eu, são fãs da luz de acetileno é sempre bom ficarmos atentos à maneira de transportar nosso carbureto.
Veremos abaixo  um relato de acidente causado por explosão do gás acumulado na mochila de um experiente espeleólogo. Este relato é mais ou menos antigo mas totalmente atual.
Em outro post trataremos do acondicionamento correto deste material. 
Boa leitura e atenção à sua segurança e à de seus companheiros.


RELATO DE ACIDENTE

Na sexta-feira (15/08/03) à noite, Cristina, Paulo Roberto, Bernardo, Julio
e eu, saímos de Brasília em mais uma expedição do Espéleo Grupo de Brasília
- EGB com destino à Gruta Cabeceira D'Água, no município de Nova Roma - GO.
Montamos acampamento próximo à boca da caverna e no dia seguinte fomos
explorá-la e dar seqüência ao mapeamento.

Após uma pesada caminhada de mais de duas horas com passagens de
quebra-corpo e vários trechos de natação, sendo alguns com cerca de 15 cm de
ar para respirar, chegamos ao último ponto mapeado (base 120), distante
quase 3.000m da entrada. Nesse ponto, mais uma vez o rio se fechava num
sifão e íamos mapear uma galeria superior para tentar chegar ao rio
novamente. Estávamos todos nos preparando para começar a topografia e, após
uma rápida olhada no conduto superior voltei para pegar a pasta de topo que
estava na minha mochila estanque de PVC. Abri a mochila e quando fui pegar o
material, fui surpreendido por uma explosão. Lembro do clarão em volta de
todo o meu rosto e de um rápido reflexo que me fez jogar o capacete no chão
e molhar desesperadamente o rosto com água do rio, o que me dava um grande
alívio. A dor e o ardor eram terríveis, sentia como se todo o rosto
estivesse em chamas.De imediato o Júlio pegou em seu kit de primeiros
socorros uma pomada própria para queimaduras.
Enquanto isso meu pai (Paulo) tirou o carbureto da mochila e arrumou-a para
que eu pudesse carregá-la de volta. Ele pôde constatar que os problemas
foram a mochila que estava bastante úmida por dentro e o pote plástico no
qual o carbureto estava acondicionado cuja tampa se afrouxado. Como a
mochila era estanque não permitia que o acetileno escapasse e eu havia por
muito carregado a "bomba" nas costas.A explosão foi desencadeada pelo meu
sistema de iluminação que estava aceso.

O acidente ocorreu às 14 horas e em menos de cinco minutos já havíamos
iniciado a marcha para sair da caverna. Eu, desesperado pela forte dor, e
meu pai fizemos a caminhada em menos de uma hora e o restante da equipe
chegou cerca de meia hora depois. Jogamos as barracas em cima da camionete e
fomos para o hospital de Iaciara distante uns 80 km do acampamento. Lá foi
realizada uma primeira limpeza para tirar a fuligem que cobria todo o rosto
. Chegamos em Brasília por volta das 21 horas onde fui novamente atendido na
emergência. Tive queimaduras de primeiro e segundo graus em parte da mão
esquerda e em 60-70% da face, incluindo cílios e sobrancelhas.

Depois de ouvir algumas recomendações resolvi ir para Goiânia e fazer o
tratamento num hospital especializado. Nesse hospital passei por uma
debridagem, uma pequena cirurgia de raspagem da pele queimada e desde então
venho seguindo o tratamento indicado pelos médicos. Hoje, dez dias após o
acidente e oito dias após a debridagem, a pele está quase totalmente
cicatrizada porém ainda sensível. A cor da pele ainda está um pouco mais
clara que o normal mas, com todos os cuidados, não devo ficar com cicatrizes
evidentes. Para que a pele nova não fique manchada devo passar os próximos
dois meses bem longe da luz e da claridade e de tudo que emita raios
ultravioleta como lâmpadas fluorescentes, monitor de computador, TV, sol,
etc. Durante o dia tenho que usar uma máscara de tecido branco para me
proteger da luz.

Finalmente, gostaria de dizer que estou bem e fazer um alerta a todos os
colegas espeleólogos com relação à carga reserva de carbureto. Ela deve ser
acondicionada em um recepiente inquebrável e à prova d'água, NÃO CONFIEM EM
POTES PLÁSTICOS REAPROVEITADOS OU COMPRADOS EM SUPERMERCADOS, MESMO QUE
POSSUAM TAMPA DE ROSCA E LHES PAREÇAM SEGUROS, a menos que sejam
especialmente confeccionados para esse fim, pois costumam se abrir com os
impactos e não têm boa vedação para água. Mochilas estanque são muito úteis
e práticas, mas NÃO CONFIEM TOTALMENTE NA VEDAÇÃO destas pois é comum entrar
um pouco de água por furinhos quase invisíveis ou mesmo pela boca. Também
deve-se evitar carregar numa mesma mochila estanque o cantil e a carga
reserva de carbureto. O recomendado é que se utilize, mesmo em grutas secas,
a já consagrada "banana" feita com câmara de ar de automóveis. Ela custa
barato e tem funcionado bem. Outra boa opção são os potes plásticos
realmente inquebráveis e impermeáveis conhecidos no Brasil por "bidon". Eles
existem em diversos tamanhos, o problema é que custam caro e é muito difícil
achá-los em nosso país.

Portanto meus amigos, a mensagem que gostaria de deixar é que num ambiente
difícil e complicado como são as cavernas, não podemos banalizar nada e
devemos estar sempre atentos a todos os detalhes. Eu estava preparado para
vários tipos de acidentes, mas jamais esperaria que meu bom e velho amigo
carbureto me aprontasse uma dessas. Sei que o meu acidente não foi o único
desse tipo ocorrido em 2003 e espero que seja o último.

Torço para que não seja necessário mas gostaria de lembrar o que deve ser
feito em caso de queimaduras. Deve-se imediatamente resfriar a área atingida
com água fria ou gelada até que a dor diminua, isso pode levar um bom

ou rio em casos de extrema urgência pois essas águas são contaminadas e
podem provocar infecções.Nem todo tipo de pomada para queimaduras é indicado
para os primeiros socorros pois pode dificultar a limpeza da pele e até
mesmo fazer mal ao ferido dependendo de sua fórmula. Outro problema é a
assepsia na ferida e na aplicação da pomada, o que, geralmente, é muito ruim
em cavernas. Portanto, na dúvida não use pomadas! Uma boa coisa que pode ser
feita durante a remoção do ferido até o hospital é aplicação de compressas
de gaze embebidas em soro fisiológico para hidratar a pele.

Brasília, 26 de agosto de 2003.

Gabriel Chianelli C. Seraphim

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Unaí: Algumas Cavernas

Quem se aventura pelos cerrados, em  especial no Noroeste de Minas fica impressionado com a harmonia entre a forte luminosidade Solaar  e a resistência impávida da flora.  Por estas bandas vez por outra o caminhante avista,  sobre o fundo azul do céu, com grandes maciços calcários, por vezes isolados, outras compondo uma longa cadeia. 

Suas feições geralmente são recobertas por plantas oriundas das caatingas, que ali chegaram através de caminhos criados pelas constantes mudanças climáticas que permanentemente ocorrem no globo. 
Afloramento Calcáreo - Unaí/MG
 
O que poucos sabem é que estes maciços calcários sãos como testemunhas silenciosas  a nos revelar que esta região já foi, um dia, o fundo de um oceano.
Ali, no interior de cada uma delas, pode estar escondida uma bela caverna. O prêmio que a natureza reserva aos mais ousados
Eis aqui uma breve lista das cavernas que podemos encontrar em Unaí, Minas Gerais.
MG 168 Lapa do Gentio  
MG 396 Gruta do Tamboril  
MG 463 Cachoeira do Queimado
MG 1062 Gruta Paulista  
MG 1063 Buraco do Xico Bento
MG 1064 Gruta do Rio Areia
MG 1073 Gruta Fendinha 
MG 1103 Abismo Buraco do Mato Seco
MG 1107 Gruta Lapa Dágua
MG 1108 Gruta Lapa Pereiro
Lapiás



MG 1117 Gruta Buraco do Pasto da  Pipa ou Buraco do Pasto de Cima 
MG 1119 Lapa do Poço do Caixote 
MG 1127 Furna do Paiadão 
MG 1181 Gruta da Dolina Sul
MG 1182 Gruta da Dolina Norte
MG 1185 Gruta da Lama
MG 1187 Gruta da Encosta
MG 1189 Gruta do Rio Preto
MG 1191 Gruta da Resurgência do [córrego]Malhadinha 
MG 1349 Lapa Sapezal ou Gruta das Moedas
MG 1624 gruta Nossa
MG 1625 gruta Bart Cave
MG 1626 gruta Deus-me-Livre 
(Dados compilados do CNC - SBE)
BartCave, Unaí/MG



sábado, 25 de junho de 2011

Lapa do Sapezal.

A Lapa do Sapezal é uma caverna de fácil acesso, distante aproximadamente 50km do município de  Unaí-MG.


O acesso a seu enorme salão se dá por um grande pórtico de onde se avista quase todo seu interior. Em especial o belíssimo lago que ela abriga.
Com em outras cavidades de acesso fácil ao público, a Lapa do Sapezal sofre com a ação de vandalismo, de parte dos visitantes que vão até lá. Atraídos principalmente pela presença do referido lago.
O mesmo é de uma magnifica beleza e, se visitado nas horas certas do dia, propicia um espetáculo visual único. 
Entre as oito e dez horas, variando de acordo com a estação do ano, os raios de sol visitam a superfície do lago desenhando um cenário inesquecível. Vale a pena conhecer. E, conhecendo, ajudar a preservar.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Cavernas, museus na natureza

Cervídeos no Abrigo Colúmbia
Muitas são as pessoas que já tiveram a oportunidade de se deslumbrar com as belas e surpreendentes ornamentações esculpidas pela ação da água e do ácido carbônico nas cavernas. Estalactites (no teto), estalagmites (no piso) são as formas mais conhecidas e as primeiras que vêem à mente. 
O que poucos se lembram ou sabem  é que além de belezas naturais, as cavernas abrigam inestímáveis riquezas históricas.
Ave Planando - Gruta do Gentio
Gravadas das mais diversas formas, e com diversos materiais,muitas das idéias que povoavam a mente dos homens e mulheres que  habitavam estas terras, foram eternizadas nas paredes das cavernas.
Devido a condições climaticas especiais e exclusivas, as cavernas são capazes de conservar os vestígios do passado de forma muito mais eficiente que a grande maioria dos museus do mundo.
Aqui, uma demonstração do acervo dos museus naturais da região de Unaí-Mg, em especial do Abrigo Colúmbia.
Para nós o Sol, para eles...
provável escorpião

sábado, 9 de abril de 2011

A ÁGUA QUE NÓS BEBEMOS


Eis um empolgante vídeo que entrelaça a atividade de espelelogia e a relação cavernas,água e vida.
Foi produzido por Sandro Sedran da Federação Espeleológica Veneziana e "estrelado" por Alberto Drago, Simona Tuzzato e Sandro Sedran. A eletrizante trilha sonora corre por conta do Deep Freq (Rapture).
O nome do curta é "The water we'll drink".
Curta o curta.



fonte: Karst Worlds

domingo, 3 de abril de 2011

NOVAS CAVERNAS EM UNAÍ.

Um belo ninho de pérolas








Oólitos ou pérolas de cavernas
Com a idéia de aliar o prazer do contato com a natureza, a prática esportiva e a proteção do patrimônio espeleológico o Diário do Carbureto tem se aventurado pelas brenhas do cerrado unaiense.
Em sua última saída e com a finalidade de explorar uma cavidade localizada por dois de seus integrantes em setembro de 2010  aconteceu aquilo que todo explorador deseja.

Foi encontrada em um maciço calcário ás margens do Ribeirão Canabrava uma pequena gruta por nós batizada como Lapa da Foice.
 Em poucas horas de exploração a equipe do Diário do Carbureto concluiu o reconhecimento alegre pela saída, mas achando que a  dimensão da caverna ficou abaixo das expectativas.
Na saída resolvemos explorar uma passagem que deixamos para o final. Conseguimos acrescentar mais uns bons metros no desenvolvimento da caverna, o que foi legal. Um dos integrantes, intrigado com uma mancha extremamente branca perto de uma parede resolveu se aproximar para checar aquilo.
Foi ao chegar mais perto verificou se tratar de um especialíssimo ninho de pérolas (oólitos).
Pérolas sob a luz da carbureteirs. A brancura do mineral é tão grande que  adquire a cor exata da fonte de luz.
 Entusiasmadíssimos com a descoberta todos sacaram de suas câmeras e , para não  prejudicar o desenvolvimento deste belíssimo espeleotema, se postaram com extremo cuidado ao redor da descoberta do dia.
Como todo apreciador de cavernas sabe, não devemos deixar para trás, nenhuma abertura por onde é possivel uma pessoa passar. E foi isso que garantiu o sucesso da nossa saída
Mais uma vez comprovamos que, apesar de suas dimensões, qualquer gruta pode guardar em um de seus salões  um  belíssimo tesouro imensamente frági.
Mais um dia ganho para o Diário do Carbureto.

 Salamanta, jiboia-vermelha ou surucucu-de-fogo (Epicrates cenchria crassus). Bela recepão em uma reentrância do paredão

REGISTROS PRÉ HISTÓRICOS IDENTIFICADOS

Representação de ave pernalta. Pinturas de aves são muito raras na região do Noroeste de Minas

Afiadores, utilizados para lâminas de pedras.





Dois integrantes em uma de suas sondagens no município de Unaí  resolveram verificar a existência de um possível sítio rupestre. Após rodar vários quilômetros por estradas de terra chegaram em um maciço calcáreo de uns 500m de extensão longitudinal.
Foi então que aconteceu algo interessante. 
Embora nunca tivessem ido ao local, assim que chegaram rumaram às pedras.
Grafismos não interpretados.
Ao ver a densa e vegetação que contornava o maciço que desejavam alcançar, os dois logo preparam o espírito para encarar aquele emaranhado de cipós dos mais variados calibres, com uma diversidade de agulhas capaz de humilhar qualquer  porco-espinho ou alfaiate e, para  reforçar a defesa sempre há aquela parede de urtigas com suas injeções de ácido e histamina prontas para nos acolher.

Espirito preparado, partiram para atacar a trilha. Surpreendentemente em menos de trinta segundos estavam cara a cara com o abrigo. Foi como se uma mão invisível os tivessem guiados diretamente para o local onde a dezenas de séculos atrás grupos de homens e mulheres se reuniam para   se abrigar de feras, cultuar suas místicas ou simplesmente repousar emsegurança.

Encontarmos no local a marca da atividade dos verdadeiros conquistadores do que hoje se chama Unaí.
Afiadores, podiam ter também significado ritualístico
Pinturas em vermelho, carvão e,  provavelmente, calcita  se distribuem   em um abrigo estrategicamente posicionado e tambem ao longo do paredão.
Provável representação de objetos celestes, a figuras em linha podem também representar  humanos
Subindo por uma fenda que percorre diagonalmente a parede, pode-se alcançar um nicho voltado para a baixada que margeia o Ribeirão Canabrava onde se encontram pinturas provavelmente de objetos celestes. Postado neste local  o antigo habitante podia controlar, como um sentinela, toda a movimentação do entorno.  Dali, era possível detectar a presença tanto dos animais perigosos quanto daqueles que representavam uma farta refeição.
Durante a sondagem a dupla acabou por detectar, também, uma entrada de caverna  onde teríamos uma grata surpresa que  foi narrada no post anterior.

A idéia agora é provocar nos unaienses a curiosidade e o respeito ao rico patrimônio do qual são os atuais depositários.